
Segunda feira, 23 de maio 2011.
Ontem assisti a um bom espetáculo de teatro,
daqueles que podemos dizer que a montagem esta redonda e honesta, era O Santo Inquérito de Dias Gomes, no Teatro do Jockey. Sob a direção de Hamir Addad, com o grupo "Não gostou reclama com o Amir", composto de um elenco competente e soluções simples, mas geniais de cenografia.
(Eu indico ultimas apresentações este final de semana!)
Durante a apresentação tive um insght - algo que a muito tempo não acontecia comigo no teatro enquanto público - sobre as consequencias que sofri em represalia a um posicionamento que tomei, pela manutenção de um sonho. Na época fiz porque acreditei ser o certo a fazer, e agi sem articulações programadas, porque nunca foi este o meu perfil.
Ao ouvir a fala da personagem Augusto Coutinho, me arrepiei toda e emocionada me identifiquei - não que eu seja uma martir, ou uma heroina, longe disso sou só uma mulher, mãe e atriz - orgulhosa de ter tido a coragem, de me colocar diante de algo que não achava ser o justo, e se até ontem sentia algum tipo arrependimento, ontem este foi dissipado totalmente.
“Por uma causa qualquer,
grande ou pequena,
alguém tem que sofrer.
Porque nem de tudo se pode abrir mão.
Há um mínimo de dignidade que o homem não
pode negociar, nem mesmo em troca da liberdade.
Nem mesmo em troca do sol.”
Augusto Coutinho - Dias Gomes
Obrigada a todos que ficaram ao meu lado e preocupados buscaram ações que solucionassem a minha situação. Minha gratidão a Tatiana Alves, Antonio Carlos, Maria Heloisa Gonçalves Rossi, Gerson Fontes, Drika Nascimento, que se posionaram e me ajudaram.
"Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito
Ainda queima, saiba!
Nada foi em vão..."
Grande Gonzaguinha
Faria tudo de novo se preciso fosse meu amor!
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